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domingo, 15 de novembro de 2009

Kristen Stewart reflete sobre sua vida de celebridade


Kristen Stewart, a Bella da saga 'Crepúsculo'

Nós sabemos, graças à US Weekly, que Kristen Stewart passa manteiga em sua rosca de blueberry. A revista People acabou de narrar um suposto romance com seu parceiro de Crepúsculo, Robert Patttinson, numa edição inteira dedicada à franquia cinematográfica. E todos do Access Hollywood ao The New Zealand Herald falaram sobre seu suposto comportamento "instável", "deprimido", "melancólico".

O que quase ninguém fora de Hollywood sabe - ou ao menos reconhece entre os fãs ofegantes excitados pelos tabloides e a banalidade dos filmes Crepúsculo - é talvez a coisa mais interessante sobre ela: aos 19 anos, Stewart é considerada uma das atrizes mais promissoras de sua geração, com vencedores do Oscar como Sean Penn e Jodie Foster fazendo fila para elogiá-la.

"Gostaria mesmo que as pessoas se concentrassem mais no trabalho, e não posso dizer que não levo isso para o lado pessoal", disse Stewart, que repete seu papel como Bella Swan, uma colegial comum que se apaixona por um vampiro sensível, no próximo filme Lua Nova.

"Mas entendo isso porque o que você faz como ator está muito ligado ao que você é como pessoa", continuou com um profundo suspiro. "O que realmente me mata - realmente me rasga por dentro - é quando as pessoas pensam que sou áspera, sem consideração ou ingrata porque não saio de biquíni e aceno para paparazzi. Por favor!"

A vida como um ídolo adolescente nunca foi fácil. Mas lidar com a atenção obsessiva de jovens fãs em meio ao panorama da mídia atual - Twitter, YouTube, TMZ, a todo momento - pode ser particularmente desgastante. E, de certa maneira, para Stewart é ainda mais difícil. Como o alvo da franquia Crepúsculo são jovens garotas - o primeiro filme arrecadou US$ 384 milhões nas bilheterias mundiais e os livros, de Stephenie Meyer, venderam mais de 70 milhões de cópias -, ela não é apenas uma atriz interpretando um papel popular. Ao invés disso, os mais fiéis passaram a projetar sua versão de amor romântico sobre ela; a timidez e o ar desajeitado de Stewart a tornam acessível aos seus fãs de uma maneira que Megan Fox não consegue ser.

Stewart vem lidando com a atenção sufocante com um ar de afastamento, uma postura difícil que, segundo Chris Weitz, o diretor de Lua Nova, ela adotou de forma metódica. "Se não fizesse isso, toda menina adolescente a veria como sua melhor amiga", disse. "Elas acabariam com ela completamente."

Em contraste, Pattinson, que interpreta o vampiro terno demais para chupar sangue Edward Cullen, age de forma encabulada e "tenta se implodir e virar um resmungo humano", disse Weitz.

Os atores da geração de Stewart - Zac Efron, Chris Pine, Selena Gomez, Shia LaBeouf - testemunharam a carnificina que abraçar completamente os holofotes na era digital pode trazer: Britney, Paris, Lindsay. Assim sendo, eles procuram invocar algum elemento de mistério, algo que pisa no pé da incessante máquina de notícias de celebridades.

"A chave é não se tornar um reality show", disse Foster, que estrelou com Stewart em O Quarto do Pânico, de David Fincher, e também foi uma estrela adolescente. "Esse tipo de atenção pode parecer divertida agora, mas não será em 10 anos."

Fumando um cigarro na varanda do 14º andar do Four Seasons de Los Angeles na semana passada, Stewart estava animada e divertida - até uma pergunta sobre se sua família realmente tem lobos como animais de estimação. Ela apertou os olhos e assentiu cuidadosamente com a cabeça. Ela chama as pessoas que exigem saber aspectos de sua vida privada de "demônios". Quanto à dúvida sobre se ela está ou não namorando Pattinson, ela disse recentemente à Entertainment Weekly: "Não darei uma resposta ao demônio."

Como era de se esperar, sua pausa para fumar, capturada por lentes à distância, apareceu no website PopSugar.com apenas uma hora depois.

A série Crepúsculo reflete uma nova superleva de entretenimento surgida do desejo de Hollywood de fazer filmes a partir de marcas já existentes, como livros (Harry Potter), personagens de HQ (Homem de Ferro) ou brinquedos (Transformers).

Crepúsculo, que a Summit Entertainment vai relançar nos cinemas americanos por apenas uma noite, 19 de novembro, é o DVD mais vendido de 2009, com mais de oito milhões de cópias. A trilha sonora teve mais de 3,5 milhões de cópias vendidas no mundo todo. E a trilha sonora de Lua Nova, lançada com quatro dias de antecedência devido ao vazamento das músicas, estreou como o álbum mais vendido do país.

Agora você pode comprar a maquiagem de Crepúsculo (brilho para os lábios, US$ 18); uma boneca de Bella; e um Volvo temático ("O que impele Edward Cullen poderá em breve impelir você"). Lua Nova, que estreia em 20 de novembro, já está com ingressos esgotados para mil exibições e deve ser um dos maiores filmes do outono americano. Mas o sucesso de Crepúsculo encobriu, se não enterrou, a reputação florescente de Stewart como atriz talentosa. Além da natureza evidentemente comercial da franquia, o tema - vampiros brilhantes, lobisomens de academia e efeitos gerados por computador - tende a provocar o escárnio da mais alta elite do cinema de autor.

"Entendo que possa parecer engraçado discutir sua seriedade como atriz no contexto da saga Crepúsculo, mas as coisas que ela precisa fazer são impressionantes¿, disse Weitz, cujos créditos incluem Um Grande Garoto e A Bússola de Ouro. "Não é fácil fazer parecer real estar apaixonada por um vampiro."

Stewart disse que trata os elementos fantásticos dos filmes parcialmente imaginando as "criaturas" como diferentes não por seus poderes sobrenaturais, mas por terem aflições humanas - Edward não seria um vampiro, por exemplo, mas um viciado em heroína. "Você lhes dá problemas que uma pessoa normal teria e vai interagindo", disse.

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